sábado, 15 de dezembro de 2012

Fundação Cultural divulga horário de final de ano das unidades

     A Fundação Cultural de Joinville (FCJ) informa a comunidade os horários especiais de atendimento e visitação dos museus, espaços de memórias e das demais unidades. A mudança dos horários tem como o objetivo de se adequar ao horário de verão e ao fluxo de turistas na cidade, nos meses de dezembro de 2012 e início de janeiro de 2013.

     Nos dias 24, 25, 31 de dezembro de 2012 e 1º de janeiro de 2013, todas as unidades da FCJ estarão fechadas para atendimento. O Museu Nacional de Imigração e Colonização, o Museu de Arte de Joinville, a Estação da Memória e a sede expositiva do Museu Arqueológico de Sambaqui atenderão os visitantes no período de 21 de dezembro de 2012 a 2 de janeiro de 2013, de terça-feira a domingo, no horário das 12h às 18 horas. Às segundas-feiras, os museus e espaços de memória permanecem fechados para limpeza e manutenção dos espaços.

Mais informações nas unidades ou na Fundação Cultural de Joinville, pelo telefone (47) 3433-2190.

Fonte: Fundação Cultural de Joinville

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Museu de Imigração e Museu de Arte de Joinville inauguram espaços

Público poderá visitar os ambientes e aproveitar as programações paralelas


Foto: Salmo Duarte / Agencia RBS
     Duas obras em unidades da Fundação Cultural de Joinville estão concluídas e têm inauguração nesta semana. O rancho da casa enxaimel que faz parte do complexo expositivo do Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville volta a estar disponível para visitas a partir desta sexta-feira.

     A reabertura oficial do espaço ocorre às 18 horas, após a apresentação do projeto "Acústico no Museu — Saraus Brasileiros", marcado para às 17 horas, na sala de piano do museu. O encontro musical tem a participação dos músicos Cláudio Moraes, Marisa Toledo e Leandro Oliveira com repertório brasileiro da primeira metade do século 20.

     O Museu de Arte de Joinville também ganhou um novo espaço para acomodação de seu acervo. A reserva técnica no Anexo 2 da Cidadela Cultural Antarctica será inaugurada no domingo, dentro da programação da última edição do ano do projeto Um Domingo no Jardim do Museu de Arte. As obras de arte já foram transferidas para o local, que estará aberto para visitas com o acompanhamento de monitores ao longo da semana que vem.

     A restauração de parte da casa enxaimel do Museu de Imigração começou no início deste mês, depois de lançado edital para contratação da empresa responsável pela obra em outubro. Custeada com recursos da edição 2012 do edital do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec), a recuperação contemplou a cobertura do ambiente que remonta a simplicidade das moradias dos imigrantes. O cômodo estava comprometido por causa da ação de cupins e foi fechado para visitas em 2011.

     Segundo a coordenadora do museu, Judith Steinbach, foi necessário substituir o material usado originalmente na estrutura. No lugar do palmito, foi utilizada a madeira de eucalipto para atender às exigências ambientais. O acervo — materiais de carpintaria, pilões, carrinho de mão e outros instrumentos de trabalho — já retornaram para o rancho. O museu optou por manter a museografia original do espaço. A obra custou cerca de R$ 33 mil.

     Parte da varanda do prédio principal do Museu de Imigração continua interditada. O orçamento da obra está em análise pelo Ippuj, depois que não houve empresas interessadas pelo serviço. Por enquanto não há prazo para lançamento de um novo edital.


Reportagem de Rafaela Mazzaro
rafaela.mazzaro@an.com.br

Fonte: Jornal A Notícia

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Acervo do Museu de Imigração de Joinville ficará disponível na internet

Consulta online também foi implantada no Museu Casa Fritz Alt


Foto: Salmo Duarte / Agencia RBS
     Dois museus de Joinville estão se adequando para atender um público cada vez maior: daqueles que procuram tudo pelas páginas da internet. O Museu Casa Fritz Alt foi o pioneiro na cidade a aderir ao sistema de digitalização de acervo desenvolvido pelo curso de Sistemas de Informação da Univille.

     A ferramenta de catalogação web já funciona disponibilizando grande parte das obras públicas e privadas do artista alemão e neste ano segue com o desafio de tornar acessível aos internautas toda o patrimônio reunido no Museu Nacional de Imigração e Colonização.

— O Museu de Imigração é um desafio para o sistemas, pois, enquanto tínhamos 500 objetos do Fritz Alt para cadastrar, neste há cerca de 7 mil peças — avalia Walter Silveira Coan, um dos professores do departamento de informática do curso que desenvolveu o sistema.

     A continuidade do projeto, que nasceu a partir da parceria e financiamento da universidade, teve o incremento de R$ 10 mil via Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) de 2012.

     O valor, além de bancar um computador servidor para abrigar o sistema, também garantiu bolsa a um aluno do curso de sistemas de informação. Como contrapartida social, o projeto começou a realizar ontem uma série de cinco cursos para prestar esclarecimento sobre a iniciativa.

— Vamos falar sobre o conceito de museu virtual, acessibilidade, histórico e interface do projeto — adianta Walter.

     Um dos encontros acontece nesta terça-feira, das 13h30 às 17h30, no laboratório de informática da Univille.

Equipe empenhada

     O ingresso do Museu Nacional de Imigração e Colonização no arquivo web começou na semana passada. A própria equipe do setor educativo é responsável por alimentar o sistema de consulta, que traz imagem, título, ano, nome do autor (quando há), descrição e dimensões do objeto.

     Por enquanto, três objetos constam na página (http://museu.univille.br:8080/consultamuseu) lincada ao site da Fundação Cultural de Joinville. O sistema é preparado também para atender aos deficientes visuais, por meio do áudio das descrições.

     No Museu de Imigração, a educadora Elaine Cristina Machado coordena o grupo de cinco funcionários que se divide nos processos de inventários do acervo. Cada peça passa pelo chamado arrolamento, etapa de cruzamento de informações e verificação do estado de conservação, registro fotográfico e então os dados são disponibilizados na rede. O trabalho é complexo devido ao grande número de peças.

— O que mais nos difere do Museu Fritz Alt é a tipologia do acervo — esclarece Elaine.
A educadora acredita que o sistema casa com a proposta de um museu acessível, bandeira que a equipe vem implantando aos poucos.

— Em breve lançaremos um áudio-guia — promete.

     A equipe acrescentou ao sistema o primeiro objeto a ser tombado no museu, um relógio de pêndulo tipo carrilhão da marca Robin, modelo de 1862. Uma xícara bigodeira e o piano da marca alemã Rönisch, também já estão disponíveis para consulta.


Curso "Educação Patrimonial e Acessibilidade: ferramentas informatizadas de consulta do acervo museológico"
Para professores da rede pública, monitores, educadores da Fundação Cultural
Terça-feira, das 13h30 às 17h30
Dias 28, 29 e 30, das 7h30 às 11h50
No laboratório de informática, bloco B, sala 30, na Univille
Inscrições pelo (47) 3433-3736 e educativomnic@joinvillecultural.sc.gov.br


Reportagem de Rafaela Mazzaro
rafaela.mazzaro@an.com.br

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Projeto do Museu de Imigração, em Joinville, estimula a imaginação

Piloto do jogo lúdico foi lançado na programação dos 50 anos de atuação do espaço de memória

Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS

 

     Os 15 alunos da Escola de Educação Básica Giovani Pasqualini Faraco, do bairro Santo Antônio, pareciam estar em uma caçada ao tesouro no jardim do Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville. Corriam de lado para o outro observando detalhes e discutindo entre eles. O que procuravam não era exatamente um baú de moedas, mas objetos de valor histórico.

     O jogo que foi testado nesta semana pela equipe educativa do museu deve se tornar rotina entre as crianças que visitam o espaço de memória pela primeira vez a partir de 2013. O projeto piloto "Vestígios", liderado pela historiadora e educadora Elaine Cristina Machado, oferece uma nova alternativa de conhecer o acervo que conta detalhes sobre a formação da cidade. A proposta faz parte da programação de comemoração aos 50 anos de atuação do museu em Joinville.

     Um grande tabuleiro é montado no jardim do museu, em meio às árvores. O material em tecido tem formado de uma trilha toda numerada. As crianças jogam o dado que irá corresponder à quantidade de casas que podem percorrer. O número onde os pinos param equivale à questão escondida em envelopes. Os participantes precisam decifrar o pedido da carta, que está relacionado aos pertences do prédio principal do museu, os galpões e a casa enxaimel aos fundos do terreno.

     "De um tronco de árvore ela é feita. Servia para transporte e para o trabalho. Recebeu as cores vermelho e branco. Sua produção era artesanal e era entalhada até ganhar as formas necessárias para não afundar", dizia uma das questões. As dicas eram seguidas com atenção pelos pequenos alunos da 2ª série. Polyana Luize Kutach, de oito anos, fazia as anotações de um dos grupos:

— As perguntas não são fáceis, mas deu para responder tudo até agora — se diverte.

     Segundo Elaine, a atividade voltadas para as crianças substitui a visita por todos os espaços do museu, que chega a durar em torno de 1 hora e meia, e torna mais lúdico o passeio ao lugar.

— Normalmente a visita completa tem uma carga grande de informações que nem sempre eles conseguem absorver. O jogo faz com que nessa primeira visita eles criem uma memória afetiva do museu e voltem mais vezes, porque o museu não pode ser um lugar de visita única — esclarece a educadora.

     A professora Marilane Schatzmann, que acompanhou o projeto piloto com os alunos, nunca tinha visto uma proposta como a do Museu de Imigração.

— É uma forma interessante de eles descobrirem por si próprios e de aprender brincando. É realmente um projeto pensado para as crianças — opina.

Reportagem de Rafaela Mazzaro
rafaela.mazzaro@an.com.br

Fonte: Jornal A Notícia

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Museu Nacional de Imigração e Colonização, 50 anos

'Tempos de lembrar o que foi escolhido para ser lembrado'


     Em novembro de 2012 o Museu Nacional de Imigração e Colonização comemora 50 anos de atuação. Embora tenha sido legalmente criado em 1957 e aberto ao público em dezembro de 1961, foi em novembro de 1962 que o Museu Nacional de Imigração e Colonização organizou sua primeira exposição temporária.

     Ao comemorarmos os 50 anos de atividades do Museu Nacional de Imigração e Colonização (Mnic) estamos celebrando os esforços para que esta instituição fosse criada; estamos comemorando os investimentos para que seu acervo fosse composto; para que ele pudesse ser tratado como referência de um passado que escapa a suposta condição de estar preso ao seu tempo. Celebramos as memórias daqueles que se reconhecem dentro do museu, as memórias dos moradores desta casa, enquanto ela ainda servia como sede administrativa do “Domínio Dona Francisca”, as histórias e memórias de cada trabalhador ou trabalhadora que fizeram possível este museu.

     Comemorar, do latim commemorare, significa trazer à memória, lembrar. Para o Museu Nacional de Imigração e Colonização, esta comemoração relaciona a história da própria instituição, do local em que foi instalada e das ações para fazê-la possível. A comemoração provoca a recordação, evoca a lembrança, estimula o trabalho da memória, tem por finalidade lembrar algo que é individual ou coletivamente relevante. A comemoração está relacionada ao campo da memória voluntária, aquela em que se convoca uma lembrança, que nesta ocasião são os 50 anos de exposições abertas ao público.

     Ao iniciar a composição do acervo museológico, um grupo de voluntários organizados para este fim inicia uma seleta escolha daquilo que deve ou não compor o acervo do Mnic. Este grupo não opera apenas na seleção, mas nas buscas, negociações e manutenção deste acervo. Ao agregar objetos doados e adquiridos ao acervo do Mnic, este grupo age também na eleição conceitual daquilo que este museu possibilita ao organizar suas exposições e deixá-las em contato com o público visitante.

     Trata-se de escolher, selecionar e depurar os artefatos que dialogaram durante todo este período com a missão do museu, conforme consta no decreto da lei de criação*. Os conceitos trazidos pelas exposições transbordam esta missão, percorrem os caminhos da etnicidade, do trabalho, da industrialização e do gênero. E recentemente agrega-se a esses conceitos os saberes e fazeres, elementos do patrimônio imaterial que partem da materialidade oferecida pelo acervo do MNIC, contrastando e justapondo-se ao que estava posto.

     Solenizar estes 50 anos significa convocar àqueles que, diretamente ou indiretamente, estão envolvidos com o Museu Nacional de Imigração e Colonização, àqueles que criaram vínculos afetivos, àqueles que trabalharam ou trabalham nesta instituição, ao público visitante e ao poder público para pensar e repensar esta instituição, pois sempre é tempo de lembrar...

Na ocasião da comemoração dos 50 anos de exposições abertas ao público, o Museu Nacional de Imigração e Colonização convida a todos que participaram dessa trajetória para participar da nossa programação.

*Decreto Lei nº. 3.188, 02/07/1957, Art. 10 e Art.20. A missão do Museu destinava-se a recolher artefatos culturais, documentações e publicações relacionadas ao processo histórico da imigração no sul do País, à produção de estudos sociológicos, históricos, etnográficos e etnológicos, a elaboração de exposições e divulgação.


ELAINE CRISTINA MACHADO, Educadora do Museu.

Fonte: Jornal A Notícia

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cine Bigodeira


Percursos da Memória: O Museu Nacional de Imigração e Colonização e o Cemitério do Imigrante tessituras da malha urbana

    A cidade se (re)inventa através dos diferentes usos e apropriações de seus espaços. Estes usos e apropriações desdobram-se em experiências coletivas ou individuais e denotam em grande medida uma disputa de poder e de espaço. Os bens patrimonializados quando apropriados coletivamente se inserem neste contexto.

     A cidade é movimento, é contradição, é distensão e é experiência. Na cidade a partir de diversos olhares e experimentos constroem-se diferentes cartografias. As cartografias urbanas possuem elos referenciais, que podem ser traduzidos no patrimônio material.

    Esses elos referenciais estão presentes nos espaços e lugares em que as pessoas possuem relações de identificações, afetividades, de trabalhos, sociais, religiosas, entre outras. A partir destas relações constituídas nestes espaços e lugares os sujeitos constroem seus percursos urbanos.
    A partir dos conceitos de elos referenciais que perpassam a idéia de lugares e espaços os museus, assim como o MNIC e o Cemitério do Imigrante, traduzem-se como pontos de ligação e de percepção acerca da cidade.

    As experiências urbanas intencionais ou não são constituídas a partir das possibilidades geradas pelos elos referenciais. A pluralidade dessas experiências e dos usos e apropriações dos espaços e lugares não podem ser reduzidas a uma única classificação, mas elas devem ser problematizadas.

    O sujeito que cria e percorre o trajeto no seu cotidiano muitas vezes não consegue exercitar seu olhar para o que compõem este trajeto. O flaneaur, personagem urbano criado por Baudelaire, no século XIX, provoca o olhar do transeunte para observar aquilo que ainda é possível ver.

    Com a intenção de provocar um outro olhar sobre a cidade, escolhemos o centro histórico de Joinville para realizar uma imersão, por meio de um percurso processual que toma como ponto de partida o MNIC, chegando ao alto da rua XV, no hotel dos imigrantes e finalizando no Cemitério do Imigrante.

    Com base na grade curricular da Secretaria Municipal de Educação, observa-se que desde as séries iniciais existe a possibilidade de se discutir a cidade e suas relações sociais, históricas, econômicas e culturais. Entretanto, para o desenvolvimento deste projeto elegemos o 8º ano (7ª série) do Ensino Fundamental, que dentro do eixo temático: Sociedade, Trabalho e Relações de Poder, no 3º bimestre insere a discussão de Imigração e Colonização.
 
    Ao relacionar a grade curricular do município de Joinville com o projeto de Educação Patrimonial do MNIC procura-se aproximar da educação formal e os conceitos de Patrimônio Cultural, considerando o tangível e o intangível como norteadores do percurso proposto por este projeto.


Fotos do Roteiro:
Rua das Palmeiras
Praça Nereu Ramos
Cemitério do Imigrante

Projeto desenvolvido pelo Setor Educativo do MNIC.
Coordenação: Elaine C. Machado - Especialista Cultural - Educadora de Museus.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

BEM-VINDOS!

   O Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville criou este blog com o propósito de levar ao público um pouco da história da cidade, do museu além das nossas atividades educativas.
Aguardem...